A retinopatia diabética é um medo comum para pacientes diabéticos.
Pacientes com diabetes já são mais de 7,7% da população brasileira adulta, e isso inclui apenas os diagnosticados com a doença, excluindo pacientes que ainda não foram diagnosticadas ou não sabem que têm a condição.
Caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia), a diabetes é uma doença crônica que envolve uma disfunção metabólica do organismo.
Como o corpo não consegue produzir ou usar adequadamente a insulina, a glicose se mantém constantemente alta, o que pode causar vários problemas no organismo, assim como danos aos vasos sanguíneos, incluindo os olhos.
Isso quer dizer que pacientes com diabetes têm maior risco de desenvolver doenças oculares como glaucoma, catarata, edema macular diabético assim como a retinopatia diabética. Essa última é uma das principais causas de perda de visão em adultos, e afeta aproximadamente um terço dos diabéticos.
A Retinopatia Diabética
A retinopatia diabética é muito temida por pacientes com diabetes, e é uma séria condição ocular que pode ocorrer tanto em pacientes com diabetes tipo 1 como tipo 2.
A doença é uma complicação muito comum da diabetes, afetando:
- Cerca de 30% a 40% das pessoas com diabetes tipo 1, após 20 anos de duração da doença;
- Cerca de 20% a 30% das pessoas com diabetes tipo 2, após 20 anos de duração da doença;
- Sendo a principal causa de cegueira em pessoas entre 20 e 64 anos.
Entenda como a doença funciona:
- Os altos níveis de açúcar no sangue danificam os vasos sanguíneos dos olhos;
- As paredes dos vasos sanguíneos da retina (região conhecida como “fundo de olho”) são prejudicadas;
- Ocorre o enfraquecimento das paredes;
- Consequentemente, a retina pode inchar e se tornar menos sensível à luz;
- Isso provoca pequenas áreas de hemorragia na retina;
- Surgem pontos escuros na visão;
- Novos vasos podem crescer na retina, para tentar reparar os danos, mas também podem se romper;
- O sangramento na retina causa visão turva e perda de nitidez;
- A formação de um tecido cicatricial pode puxar a retina;
- Isso leva ao descolamento de retina e ainda à perda parcial ou total da visão;
- Em casos graves, a retinopatia diabética pode portanto levar à cegueira definitiva.
Além disso, a doença pode ser de duas formas: a exsudativa e proliferativa.
- A retinopatia diabética exsudativa é caracterizada pela presença de edema macular, que ocorre quando os vasos sanguíneos danificados vazam fluídos para a região central da retina, e exsudatos, que são depósitos de proteínas gordurosas no fundo do olho.
- Já na retinopatia diabética proliferativa ocorre o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais, que são frágeis e propensos a sangrar, levando a hemorragias.
Ambas são graves e precisam de tratamento o mais rápido possível para evitar a perda da visão.
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Os principais sintomas
Como é causada pelo dano dos vasos sanguíneos da retina, consequência do alto nível de açúcar no sangue, os sinais podem ser bastante desagradáveis, principalmente por a retina ser responsável por transformar a luz em sinais elétricos que são enviados ao cérebro para que possamos enxergar.
Os sintomas da retinopatia diabética podem variar conforme gravidade e estágio da doença, mas os sintomas comuns incluem:
- Visão embaçada;
- Visão turva ou distorcida;
- Manchas flutuantes ou moscas volantes;
- Perda de visão periférica;
- Dificuldade em enxergar quando há pouca luz;
- Alterações na cor da retina;
- Perda de visão;
- Cegueira definitiva.
No entanto, alguns pacientes com retinopatia diabética podem não apresentar sintomas no início da doença e é essencial fazer exames oftalmológicos regulares com o oftalmologista.
5 maneiras de prevenir a retinopatia diabética
Mas existem formas de prevenir ou controlar a doença. Descubra!
Controlar o a nível de açúcar no sangue:
Essa é uma das principais maneiras de prevenir a retinopatia diabética. É o nível de açúcar alto no sangue (de forma crônica) que pode danificar os vasos sanguíneos da retina. Então, manter o controle e monitorar regularmente os níveis de açúcar no sangue é fundamental para prevenir esses problemas.
Controlar a pressão alta:
A pressão alta já é, por si só, um fator de risco para as doenças oculares, mas associada à diabetes pode agravar a retinopatia diabética e levar a complicações oculares graves. Pacientes diabéticos devem monitorar regularmente a pressão arterial e a manter sob controle.
Fazer exercícios físicos:
A prática regular de atividades físicas ajuda a regular o açúcar no sangue e a reduzir o risco de complicações relacionadas ao diabetes, como a retinopatia diabética. Algumas opções de atividade são caminhar, nadar e andar de bicicleta.
Mantenha uma dieta saudável:
Ter uma alimentação balanceada e equilibrada também ajuda no controle do açúcar no sangue, logo prevenir a retinopatia diabética. Os pacientes diabéticos devem conversar com o médico responsável e buscar orientação nutricional.
Visite regularmente o oftalmologista:
Fazer um acompanhamento próximo com o médico oftalmo é dever de todo paciente com diabetes, mesmo sem ter sintomas. Afinal, a retinopatia diabética geralmente é silenciosa no início. Os exames oftalmológicos, principalmente o exame de fundo do olho, pode avaliar detalhadamente a retina e o nervo óptico e detectar a retinopatia diabética em estágios iniciais, antes mesmo dos sintomas aparecerem.
Ou seja, controlar o açúcar no sangue, a pressão arterial, manter uma dieta balanceada, fazer atividades físicas e manter o acompanhamento oftalmológico são algumas práticas eficazes de prevenir ou retardar a progressão da retinopatia diabética e outras condições oculares.
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Procure um oftalmologista
Quando notar quaisquer sinais de alterações nos olhos ou na visão, além das consultas regulares que, para pacientes com diabetes, devem ser anuais ou semestrais, conforme a orientação do oftalmologista responsável. O médico irá indicar a melhor opção de tratamento para a retinopatia diabetica, como uma das cirurgias de retina.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Diabetes
Academia Americana de Oftalmologia