Todo mundo conhece alguém que tem catarata, que teve catarata ou mesmo está desenvolvendo a doença.

A popularidade e fama (negativa!) da catarata é por ela se manifestar em homens e mulheres igualmente, inclusive crianças, e atingir 14 milhões de brasileiros. Do mesmo modo, a doença é muito temida por pacientes mais velhos, e não sem motivo: ela é  a quarta doença mais recorrente no envelhecimento e a maior causa de cegueira tratável em todo o mundo. Pesquisas* mostram que 70% das pessoas com mais de 80 anos terão catarata

A catarata pode afetar os dois olhos ou apenas um deles, e a doença tem evolução lenta e gradual com sintomas que surgem, principalmente, após os 50 anos. Ela assusta por deixar a visão embaçada, com uma névoa que impede de enxergar claramente.

Mas o que é a catarata?

Se você já usou óculos embaçados pelo calor pôde ter uma ideia de como os pacientes com catarata enxergam o mundo.

Assim, a imagem nebulosa e opaca é causada por uma lesão ocular que afeta o cristalino, a lente natural do olho situada atrás da íris. O cristalino atingido pela catarata perde sua transparência e dessa forma não permite a luz o atravesse, reduzindo a quantidade e qualidade da visão

A catarata surge principalmente em pessoas idosas, em decorrência do envelhecimento, devido à acumulação de proteínas e outras substâncias dentro da lente do olho.

Fatores de risco da doença

Apesar de ser mais comum em pessoas de idade avançada, catarata não é exclusiva dessa faixa etária e pode ser causada por fatores como:

Sintomas iniciais

A catarata não é uma doença com aviso prévio, afinal, se desenvolve lentamente durante o passar dos anos. Mas, quando os sintomas começam a se manifestar, eles demonstram a dificuldade dos raios luminosos atingirem a retina, provocando:

Como o cristalino começa a envelhecer a partir dos 40 anos, é preciso ficar muito atento a esses sintomas para buscar ajuda especializada e, mesmo antes dessa idade, fazer consultas de rotina com o médico oftalmologista. Assim, é possível prevenir a catarata e fazer o diagnóstico precoce da doença.

Saiba mais sobre a importância das consultas de rotina com o oftalmologista

E depois?

Com o avanço da doença, a dificuldade de enxergar aumenta progressivamente e a qualidade da visão piora, prejudicando e até mesmo impedindo o paciente de distinguir imagens, podendo levar à cegueira. Os sintomas que podem vir a se desenvolver incluem:

Nesse estágio, a catarata já está avançada e o problema torna a vida do paciente cada vez menos funcional e com menor qualidade de vida. Evitar buscar ajuda prévia torna a correção da catarata mais difícil e adia uma consistente melhora no bem-estar do enfermo bem como todos ao seu redor.

Diagnóstico

Àqueles que evitam visitar o oftalmologista em consultas de rotina, cuidado.

O diagnóstico de catarata é feito pelo médico oftalmologista em uma consulta de rotina ou específica para investigar os sintomas. Além de ser clínico, baseado nas queixas individuais de cada paciente e histórico de saúde, o diagnóstico se baseia também em um exame oftalmológico minucioso, que avalia a acuidade visual, as condições da córnea e da íris, bem como outras partes do olho.

Esses exames permitem ao oftalmologista analisar se há alguma lesão no cristalino da mesma forma como investigar outras alterações, como glaucoma, diabetes ou degeneração macular, que podem estar associadas à catarata.

Após a avaliação precisa do médico especialista, se a catarata for diagnosticada, o oftalmologista avaliará o caso individual do paciente para indicar quando realizar o tratamento, que consiste em uma cirurgia de catarata. Em alguns casos, a cirurgia leva certo tempo para ser feita após o diagnóstico, pois esta é uma decisão conjunta do oftalmo e seu paciente.

Tenho catarata. E agora?

Se o diagnóstico é confirmado, existe um único tratamento para catarata: o cirúrgico.

A cirurgia é um procedimento simples e rápido, feito com anestesia local, com o objetivo de substituir o cristalino opaco por uma lente intraocular, assim recuperando a função de visão. Além de corrigir a catarata e devolver a visão normal ao paciente, a cirurgia de catarata da mesma forma permite corrigir outros problemas de visão, com a implantação de lentes especiais que eliminam a necessidade de óculos para longe ou perto.

Enfim eliminada a catarata e reestabelecida a visão, o paciente terá uma recuperação rápida e estará livre para retomar as atividades normais em cerca de uma semana.

É possível prevenir?

Como a catarata é, geralmente, causada pelo envelhecimento natural do olho, a prevenção se torna difícil.

Apesar disso, existem medidas que podem ajudar a diminuir o risco de catarata ou retardar sua progressão, por exemplo:

É importante lembrar que essas medidas não podem evitar completamente a catarata, mas podem afastar os fatores de risco para a doença. É apenas um médico oftalmologista capacitado que poderá avaliar sua condição, diagnosticar essa e outras doenças dos olhos e avaliar sua saúde ocular geral, garantindo prevenção, tratamento e melhor qualidade de vida.

Procure um oftalmologista imediatamente ao notar qualquer sintoma na região dos olhos. E, se você busca orientação oftalmológica especializada em Porto Velho/RO, conte conosco.

Agende uma consulta.

Fonte: Fundação Oswaldo Crus (Fiocruz)

*Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS)